segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Então...

Assim que eu cheguei em casa, depois de um dia trabalhoso e difícil, com a alma meio em pedaços eu fiz uma coisa que me lembro de ter feito há muitos anos, quando eu ainda era uma criança: eu sentei no chão, no canto do meu quarto, em meio às almofadas e chorei. Não um choro calmo, mas sim um choro pesado, sofrido, daqueles que a gente até soluça. E pela primeira vez desde a minha última briga com deus, eu rezei.

E eu pedi a ele, com essa mínima fé que ainda me resta, que eu não me decepcione com as pessoas mais uma vez. Eu costumo ser forte, mas dessa vez meu tombo será maior, porque agora, eu investi mais do que com qualquer outra pessoa. E não é fácil entregar assim nossos sonhos, nossa fragilidade, escancarar a alma e depois ter que recolher o que sobrou disso tudo. Por favor deus, não me deixe descrente, não deixe que eu tenha que esconder lá no fundo de mim, esse sentimento de novo, logo agora que eu descobri as suas cores, os seus encantos. Eu não quero mais sofrer, não quero mais ter que voltar a usar aquela máscara, não quero ter que me afastar, ter que voltar pra minha caverna, mas realmente, se as coisas não derem certo, não sei se sairei de novo dessa, é difícil de pensar se dá pra acreditar em mais alguém. Quando as pessoas machucam a gente, e machucam feio, é difícil não voltar a usar as armas, é difícil pensar que as coisas podem melhorar.

Que a minha intuição esteja errada dessa vez, por favor.

Amém.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ai o amor...

Love me tender,
Love me sweet,
Never let me go.
You have made my life complete,
And i love you so.



domingo, 5 de dezembro de 2010

Memórias

Agora, aqui sentada na varanda, olhando pra chuva que insiste em cair, é inevitável não me lembrar de ontem. Ainda  sinto o cheiro e é fresco na memória uma das noites mais incríveis da minha vida. Sexo, lágrimas, confissões, amizade, uma pessoa fantástica ao meu lado e um conto de Bukowski pra me ninar. Quer mistura melhor que essa?

Quero escrever sobre isso pra que eu nunca me esqueça que ao menos essa noite eu fui a pessoa mais feliz do mundo, não foi adrenalina que correu nas minhas veias, foi amor. E há quanto tempo eu não sentia isso.

Não quero esquecer jamais daquele olhar que me dizia tantas coisas, não vou esquecer do nosso abraço de mil horas, da nossa música, das risadas, da gente tentando cantar cazuza naquela vista linda pra fechar bem o nosso dia maravilhoso. Ele é um poeta , o meu poeta, e só uma alma como a dele me poderia fazer deixar de lado por umas horas aquela máscara que costumo usar da Ana durona. Uma pessoa que eu julgava não simpatizar mas que me conquistou de uma maneira incrível
.
Não sei como será daqui pra frente, mas tenho plena convicção de que já fui feliz o bastante. Que seja o que a vida quiser. Tô pronta pro amor, já era hora.