segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu menti

Enfim, meu inverno chegou. Já previa essa hora há tempos. Estava esperando só o momento que isso iria acontecer, de  quais seriam as circunstâncias, como isso se daria, mas desde o início sabia que meu inFerno começaria. E começou. Há algumas semanas. E vai se estender só deus sabe até quando.

Mas sabe quando você já passa a desejar o sofrimento logo para que ele apague de vez qualquer esperança de uma outra realidade? Para que ele tire essa ideia fixa da cabeça, essa ladainha sem fim. Eu já passei isso antes. Sei das feridas, sei do tempo, sei do recomeço. Acho que a vontade era de mantê-las em eterna exposição. De sair gritando que eu sofro, que meu coração está mil vezes partido. E pior que partido, está sem esperanças. Mas não farei isso, não terei coragem nem pra dizer a verdade.

Minha alma já não brilha. Minha alegria é falsa, minha aparente vida tranquila é só da boca pra fora. Quero sair logo daqui. Quero novos amigos, nova vida, novos desafios. Tô cansada de esperar o meu momento, a minha hora, a minha vez.

É como ficar esperando cartas que nunca vão chegar.

Mas eu continuo esperando porque ainda não sei o que por no lugar.


3 comentários:

  1. "É como ficar esperando,
    cartas que nunca vão chegar,
    Não vao chegar com X, nem vão chegar com CH...."

    Ah, não sofra demasiadamente.Nada dura pra sempre. Um inverno, por mais rigoroso que seja, SEMPRE precede uma primavera.

    Bjos!

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  2. eu, particularmente, adoro quando meu inverno chega pois é hora de me conhecer mais.
    todo sofrimento é prelúdio de um sossego sem igual que virá depois.

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